Qual o mistério do Triângulo das Bermudas?
Quando você lê um texto, você busca explicações – sejam elas sobre geopolítica, ciência, fofocas da televisão ou receitas de culinária.
É importante fugir das explicações definitivas. A questão se complica ainda mais na hora de escrever sobre mistérios. Ao pisar no terreno do inexplicado – em alguns casos, do inexplicável -, é necessário justificar por que tal coisa não pode ser explicada. Eis a diversão. E mistério é o que não falta.
Na primeira década do século XVI, o barco do espanhol Juan de Bermúdez afundou no Atlântico Norte. Contudo, ele e sua carga, de porcos, conseguiram chegar a uma ilha, que acabou sendo batizada em sua homenagem. Curiosamente, foi um naufrágio a razão do nome do arquipélago das Bermudas, um dos vértices do triângulo em que, desde meados do século XIX, mais de 50 barcos e navios, além de 20 aviões desapareceram sem deixar vestígios. Os outros limites dessa área geográfica de 3.900.000 km² são a ilha de Porto Rico e Melbourne (Flórida).
O Triângulo das Bermudas, também denominado Triângulo do Diabo, tornou-se realmente famoso no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando cinco aviões da Marinha norte-americana desapareceram no local.
Fenômenos incomuns teriam sido presenciados por Cristóvão Colombo, que relatou em seu diário de bordo sobre suas bússolas terem ficado malucas no espaço marítimo.
A dúvida é: o que causaria tanto mistério em uma parte tão pequena do planeta?
Existem explicações de todo tipo para os sumiços, desde raios mortais procedentes de Atlântida até abduções por ETs ou seqüestros por óvnis.
As análises menos fantasiosas dizem que a explicação para a ausência de pistas das aeronaves e embarcações está nas fortes correntes marítimas locais e na profundidade das águas. Variações magnéticas e gases subterrâneos também estão entre as razões do mistério. Os mais céticos culpam as tempestades avassaladoras a que a região é sujeita.
Alguns afirmam que o mistério é fomentado por fraudes; outros chegam a especular que os elementos são transportados para espaços-tempo geograficamente opostos.
Há uma teoria que coloca a responsabilidade dos sinistros na presença excessiva de gás metano no subsolo oceânico do triângulo. Experiências realizadas por físicos de uma Escola Naval dos Estados Unidos comprovaram que bolhas de metano reduzem a densidade da água. Assim, os navios tornar-se-iam mais pesados e hipoteticamente poderiam afundar. Apesar de esse fenômeno ser possível somente em águas geladas, nas quais o gás se deposita consideravelmente no fundo do mar.
De qualquer forma, não existem provas científicas ou explicações definitivas para o mistério do Triângulo das Bermudas, em parte devido à falta de informação, pois várias pessoas não sabem que algumas ilhas do arquipélago são extremamente povoadas. Em todos os desaparecimentos, há impossibilidade de comunicação e nunca mais se tem notícia dos indivíduos.
Ao contrário do que se imagina, inúmeras rotas marítimas e aéreas atravessam essa região oceânica sem nenhuma evidência de algo extraordinário.
Não sabemos ao certo se o Triângulo é uma espécie de passagem secreta, de portal, paraíso ou apenas produto da fértil imaginação humana, entretanto se tivéssemos uma resposta definitiva, não haveria mistério algum.
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