sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Projeto de aprendizagem - Carlos Nejar

Qual a importância de CARLOS NEJAR?



CARLOS NEJAR, membro da Academia Brasileira de Letras, é considerado um dos 37 poetas chaves do século, entre 300 autores memoráveis, no período compreendido de 1890-1990, segundo ensaio do crítico suíço Gustav Siebenmann, Poesía Y Poéticas del Siglo XX En La América Hispana Y El Brasil (Ed. Gredos, Biblioteca Românica Hispânica, Madri, 1997).

Nejar figura como uma voz emblemática e universal, de original e abundante produção lírica. A publicação, Quarterly Review of Literature, de Princeton, New Jersey (EUA), em seu cinqüentenário, acabou escolhendo o poeta como um dos grandes escritores da atualidade. Único representante brasileiro indicado pela influente revista americana é colocado no mesmo patamar do espanhol Rafael Alberti e do francês Yves Bonnefoy, entre cinqüenta autores selecionados.

Romancista de talento reconhecido pela ousada inventividade, com quem a grande Clarice Lispector se identificava Nejar “atordoa os modelos e paradigmas da crítica literária” removendo as estruturas tradicionais do romance. Estilo marcante na novela Um Certo Jacques Natan (1991) e O Túnel Perfeito (1994), esse último escolhido pelo Jornal do Brasil como um dos dez melhores romances do ano. Carta aos Loucos, Editora Record, (1998). Ainda conta com as reflexões sobre a criação contemporânea, A chama é um fogo úmido, (Coleção Afrânio Peixoto, da Academia Brasileira de Letras, 1994).

Apreciado pela crítica como “o poeta do pampa brasileiro” ou da “condição humana”, como bem assinalou Jacinto de Prado Coelho, usufrui de crescente reputação no estrangeiro, com poemas traduzidos em diversos idiomas e estudados nas principais universidades do Brasil e do Exterior.

Ocupa a cadeira n. 4 da Academia Brasileira de Letras e a do Pen Clube do Brasil, na vaga de Raul Bopp. Participou como jurado do prêmio Casa das Américas, em 1990 e do prêmio Camões, em 1997. É um dos escritores brasileiros convidados a participar do XVIII Salão do Livro em Paris, França. E escolhido por eleição de mais de cem personalidades na Fundação da Biblioteca Nacional, para uma Antologia, da “Poesia Sempre”, entre os vinte poetas fundamentais do Brasil contemporâneo. Traduziu Ficções, de Jorge Luís Borges (editora Globo, P. Alegre, 1970, estando atualmente nas Obras Completas, Vol. I, do grande escritor argentino, pela editora sediada agora em S. Paulo, em 1998 -de quem Carlos Nejar é um dos primeiros tradutores no Brasil e profundo conhecedor da criação borgiana). Traduziu também Elogio da Sombra, de Jorge Luís Borges (em parcera com Alfredo Jacques), 1971. Do poeta chileno Pablo Neruda, traduziu Memorial de Ilha Negra (De onde nasce a chuva), Ed. alamandra, Rio, em 1980; Cem Sonetos de Amor, 1979 (atualmente na 12a ed.) e As Uvas e o Vento, 1980.

Detém os prêmios Cassiano Ricardo, do Clube de Poesia de SP, 1996; Francisco Igreja, da UBE, 1991; Luiza Cláudio de Souza, do Pen Clube do Brasil - 1977; Erico Verissimo, da Câmara Municipalde POA, 1981; Fernando Chinaglia, da UBE, 1974; Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro, 1971. Na área do livro infanto-juvenil, arrebatou os prêmios Monteiro Lobato e o da Associação de Críticos Paulistas de Arte, com respectivamente Era um Vento muito Branco e Zão. Na mesma linha, publicou ainda, O Grande Vento (Ed. Consultor, 1998, Rio), com ilustraçõesde Cristiano Chagas. É autor de Teatro em Versos: Miguel Pampa, Fausto, Joana das Vozes, Ulisses, As Parcas, Favo branco (Vozes do Brasil), Pai das Coisas, Auto do Juízo Final - Deus não é uma andorinha, (Funarte, Rio, 1998).

Conclusão

Carlos Nejar foi o primeiro poeta e o primeiro gaúcho a presidir a Academia Brasileira de Letras. Foi o primeiro poeta presidente em cem anos de Academia. Exerceu o papel por três meses, num momento de crise, em que o então presidente ficou enfermo. Descobriu-se administrador, abrindo a Academia para a comunidade, aos acadêmicos e funcionários. Nejar teve a bondade de ver mais longe, conhecendo melhor o poder dos homens.

Nejar foi um dos mais importantes poetas da sua geração, destaca-se pela riqueza de vocabulário e pela utilização das aliterações, que tornam seus versos musicais. Lançou seu primeiro livro, Sélesis, em 1960.
Alessandra e Paula Turma: 31

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Animação do conto "Entre Santos" de Machado de Assis