domingo, 28 de outubro de 2007

Projeto de Aprendizagem - Como surgiu a literatura


Nomes: Gisele e Tamires
Turma 31

Como surgiu a Literatura

Na origem, a literatura de todos os povos foi oral. Apesar de originar-se etimologicamente da palavra letra (do latim, littera, letra), a Literatura surgiu nos primórdios da humanidade, quando o homem ainda desconhecia a escrita e vivia em tribos nômades, à mercê das forças naturais que ele tentava entender através dos primeiros cultos religiosos. Lendas e canções eram transmitidas de forma oral através das gerações. Com o advento da escrita, as paredes das cavernas começaram a receber pinturas e desenhos simbólicos que passaram a registrar a tradição oral. Mais tarde surgiriam novas formas para armazenar essas informações, como as tabuletas, óstracos, papiros e pergaminhos. Dessa maneira, as primeiras obras literárias conhecidas são registros escritos de composições oriundas de remota tradição oral.

A maior parte da literatura ocidental antiga se perdeu. Cada uma das cinco civilizações mais antigas que se conhecem - Babilônia e Assíria, Egito, Grécia, Roma e a cultura dos israelitas na Palestina - entrou em contato com uma ou mais dentre as outras.

Nas duas mais antigas, a assírio-babilônica, com suas tábulas de argila quebradas, e a

egípcia, com seus rolos de papiro, não se encontra relação direta com a idade moderna.

Na Babilônia, porém, se produziu o primeiro código completo de leis e dois épicos de mitos arquetípicos - o Gilgamesh e o Enuma Elish que vieram a ecoar e ter desdobramentos em terras bem distantes. O Egito, que detinha a intuição mística de um mundo sobrenatural, atiçou a imaginação dos gregos e romanos. Da cultura hebraica, a principal herança literária para o Ocidente veio de seus primeiros manuscritos, como o Antigo Testamento da Bíblia. Essa literatura veio a influenciar

profundamente a consciência ocidental por meio de traduções para as línguas vernáculas e para o latim. Até então, a ensimesmada espiritualidade do judaísmo mantivera-a afastada dos gregos e romanos.

Embora influenciada pelos mitos religiosos da Mesopotâmia, da Anatólia e do Egito, literatura grega não tem antecedentes diretos e aparentemente se originou em si mesma.

Nos gregos, os escritores romanos buscaram inspiração para seus temas, tratamento e escolha de verso e métrica.

A chamada literatura clássica, que engloba toda a produção greco-romana entre os séculos V a.C. e V d.C., vai influenciar toda a literatura do Ocidente. Preservadas,

transformadas, absorvidas pela tradição latina e difundidas pelo cristianismo, as obras da Grécia antiga e de Roma foram transmitidas para as línguas vernáculas da Europa e das regiões colonizadas pelos europeus. Todos os gêneros importantes de literatura épica, lírica, tragédia, comédia, sátira, história, biografia e prosa narrativa, foram criados pelos gregos e romanos, e as evoluções posteriores são, na maioria, extensões secundárias.

Óstraco Voltar ao texto


Fragmentos de pedra ou cerâmica onde eram copiadas as escrituras, eram utilizados como rascunhos, documentos oficiais, eram transcritos em papiros.

Papiro Voltar ao texto

Planta de papiro, Cyperus papyrus

Planta de papiro, Cyperus papyrus

Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo πάπυρος) é, originalmente, uma planta perene da família das ciperáceas cujo nome científico e Cyperus papyrus, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (percursor do papel) durante a Antigüidade (sobretudo no Antigo Egito, civilizações do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e todo o mundo greco-romano).

O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.

Pergaminho Voltar ao texto

Pergaminho alemão, 1568

Pergaminho alemão, 1568

Pergaminho (do grego pergaméne e do latim pergamina ou pergamena), é o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever. Designa ainda o documento escrito nesse meio. O seu nome deriva do nome da cidade onde se terá fabricado pela primeira vez: Pérgamo, na Grécia.

Foi largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média, até à difusão da invenção chinesa do papel.

Quando feitos de peles delicadas de bezerros ou cordeiros, eram chamados de velino . Estas peles davam um material de escrita fino, macio e claro, usado para livros importantes.

Os mosteiros cristãos mantinham bibliotecas de pergaminhos no período, onde monges letrados se dedicavam à cópia de manuscritos, devendo-se a essa atividade monástica a sobrevivência e divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente à época do Império Bizantino.

Na atualidade o pergaminho é utilizado para a confecção de diplomas universitários, por ser considerado um material difícil de ser falsificado, graças às nuances naturais e à sua grande durabilidade. Se antigamente essa matéria-prima era distribuída apenas por algumas empresas da Europa, hoje na Região Nordeste do Brasil converteu-se em expressiva fonte de renda, auxiliando a economia local.

Babilônia Voltar ao texto

Babilônia ou Babilónia se refere à capital da antiga Suméria e Acádia, na Mesopotâmia. No moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdá. O nome (Babil ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do Hebraico Antigo Babel ( בבל ), que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumério Kadmirra.

Foi provavelmente fundada por volta de 3800 a.C.. Teve um papel significativo na história da Mesopotâmia. O povo babilônico foi muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a linguagem cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que preservou muitos destes textos até os dias atuais. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.

Vernáculo Voltar ao texto

Vernáculo é o nome que se dá à língua nativa de um país ou de uma localidade.

O termo tem origem no latim vernaculum, proveniente de verna: assim era denominado o escravo nascido na casa do senhor.

Séculos atrás os estudos científicos, filosóficos ou religiosos publicados na Europa Ocidental eram tipicamente escritos em latim. Já os trabalhos escritos em uma língua local, como o italiano, o espanhol ou o alemão eram denominados de escritos em vernáculo.

Judaísmo Voltar ao texto

A Grande Sinagoga (Velká synagoga) Plzeň, República Checa

Judaísmo (do hebraico יהדות, vindo do termo יהודה Yehudá ) é o nome dado à religião do povo judeu, e é a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o cristianismo e o islamismo).

Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes chamado Adonai Meu Senhor, ou ainda HaShem) como Criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um Criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence à uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.

Mesopotâmia Voltar ao texto

A Mesopotâmia - nome grego que significa "entre rios" (meso - pótamos) - é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um platô de origem vulcânica localizado no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por desertos. A Mesopotâmia fica entre os rios Eufrates e Rio Tigre.

Épica Voltar ao texto

A épica é um gênero literário no qual o autor apresenta de forma objetiva fatos lendários ou fictícios acontecidos num tempo e espaços determinados. O autor usa como forma de expressão a narração, mas a descrição e o diálogo também são usados.

Essa alternativa de discurso tem como origem a observação aristotélica entre mímesis e diegesis, ou seja, entre narração e descrição.

Suas características são:

1.Tratam sobre fatos, acontecimentos ou peripécias mais ou menos verdadeiros ou falsos.

2.A maioria dos verbos contidos nessas obras literários estão no pretérito.

3.O narrador aparece na obra ora sim, ora não, mas não está sempre presente como no gênero lírico nem desaparece por completo, como ocorre no gênero dramático.

4.Na maioria das vezes, a forma utilizada nessas obras é a prosa ou o verso largo.

5.Tende a incluir os demais gêneros (lírico, dramático, didático)e por isso tem maior extensão.

6.Se divide em capítulos.

Lírica Voltar ao texto

Trovadores: imagem do Cancioneiro da Ajuda, século XIII

Trovadores: imagem do Cancioneiro da Ajuda, século XIII

A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético.

Prosa Narrativa Voltar ao texto

I- ELEMENTOS DA NARRATIVA LITERÁRIA:

1. AÇÃO: é a soma de gestos e atos desempenhados pelas personagens que compõem o enredo. Ela pode ser:

a)externa = uma viagem, o deslocamento de uma sala para outra, etc.;

b)interna = é toda a ação que se passa na consciência ou inconsciência de quem narra. Esse tipo de ação é própria das narrativas psicológicas ou introspectivas (veremos mais adiante)

As ações, na prosa narrativa de ficção, têm que parecer verdadeiras, mesmo que elas não ocorram na realidade; para isso, é preciso que, desde o início, haja coerência na conduta da personagem. Por exemplo: do início ao fim, o cão Quincas Borba “pensa”, o que faz parecer algo possível e natural para o leitor. Um cão “pensar” seria inverossímil (até numa obra literária) se isso começasse a acontecer de repente, no meio da história, por exemplo.

A ação, em suma, é o “pôr em movimento” personagens que se relacionam entre si. Como na vida, essas relações podem ser de amor, de amizade, de competição, de oposição, etc. A ação é o elemento essencial de toda e qualquer narrativa, pois é o que distingue esse tipo de discurso dos demais ( de uma descrição, de uma dissertação, etc.).

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Animação do conto "Entre Santos" de Machado de Assis