Escritores gaúchos do século XXI
Amaro Juvenal (pseud. de Ramiro Fortes de Barcelos) (Cachoeira do Sul ES 1851 - Porto Alegre RS 1916). A partir de 1882, fundador do jornal O Novo Mundo, de parceria com Graciano Alves de Azambuja, onde apareceu pela primeira vez com o pseudônimo de Amaro Juvenal. No periódico A Federação, ridicularizava a política do gabinete e a princesa regente, conquistando fama de satírico. Deputado à Assembléia Constituinte, senador, membro da Constituinte, participou das operações militares contra a federação federalista. Reeleito senador, apresentou projeto instituindo nova moeda: o cruzeiro. Discordou da candidatura Hermes da Fonseca, apelando para Borges de Medeiros, que não respondeu; mas A Federação publicou, semanas depois, um telegrama de Borges de Medeiros a Pinheiro Machado, contendo alusão desairosa a Ramiro Barcelos. Este respondeu com vários artigos de jornal e, finalmente, com a sátira Antônio Chimango, que o notabilizou.
Apparicio Silva Rillo - Natural de Porto Alegre, RS. Aos 22 anos, mudou-se para São Borja, após ter passado a infância em Guaíba e depois ter morado em várias outras cidades do interior. Estudou
Augusto Meyer (1902-1970) - Natural de Porto Alegre, RS. Iniciou-se nas letras com artigos e poemas nos jornais O Eco do Sul, O Exemplo, Correio do Povo e na revista A Madrugada. Autor de Guia do folclore gaúcho; Revoluções e Caudilhos; Narrativas de Terra e Sangue; Cancioneiro gaúcho; Gaúcho, história de uma palavra, entre outros.
Charles Kiefer - Romancista, ensaísta, contista e poeta, nasceu em Três de Maio em 1958. Estreou na ficção em 1982, com a novela Caminhando na chuva, texto dedicado a leitores adolescentes. Em 1987 participou do International Writing Program, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, programa destinado a qualificar escritores. Formado em Letras, é mestre em Literatura pela PUC-RS, tendo trabalhado com editor junto à Editora Mercado Aberto, de Porto Alegre. Mais conhecido como ficcionista, suas obras vêm sendo reeditadas periodicamente. Dentre elas: O pêndulo do relógio (Prêmio Jabuti, 1994), Um outro olhar (Prêmio Afonso Arinos, 1993) e Valsa para Bruno Stein. Seu livro Você viu meu pai por aí? obteve o Prêmio Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em 1987. Em poesia, publicou Museu de coisas insignificantes. Atualmente é Coordenador do Livro e da Literatura, na Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
Ciro dos Santos Martins - Natural de Quaraí, nasceu em 1908. iniciou sua vida literária publicando no Jornal de Artigas, no Uruguai. Destacou-se como médico psiquiatra, exercendo a profissão
Darci Pereira de Azambuja - (Encruzilhada, RS 1903 - Porto Alegre, RS 1970). O ambiente gaúcho e as expressões regionais são sua contribuição ao conhecimento do linguajar sulino: No Galpão; Contoss Rio-grandenses; A Prodigiosa Aventura; Romance Antigo; Coxilhas.
Erico Verissimo (1905-1975) - Natural de Cruz Alta, RS. Escritor de estilo simples, excelente contador de histórias, uma das grandes expressões da moderna ficção brasileira. Na sua maneira cinematográficao de apresentar as histórias, Erico Verissimo ampliou o romance, focalizando o homem contemporâneo divorciado da religião, na busca de uma solução nem sempre otimista. Filho de família tradicional, mas arruinada economicamente, exerceu várias atividades profissionais: foi ajudante de comércio, bancário, balconista de farmácia e desenhista na imprensa gaúcha. Viveu nos Estados Unidos, onde foi professor de Literatura Brasileira. Sua temática é tipicamente brasileira e, mais que isso, regional, gaúcha. A tentativa de recriação genealógica e social da história do Rio Grande do Sul atingiu seu ponto culminante na trilogia O Tempo e o Vento: O Continente, O Retrato, e O Arquipélago.
João Simões Lopes Neto (1865-1916) - Natural de Pelotas, RS. Estreou como autor teatral com a revista O Boato, à qual se seguiram vários outros textos dramáticos, assinados sob o pseudônimo de Serafim Bemol.
Luis Fernando Verissimo (1936) - Natural de Porto Alegre, RS. Filho de Erico Verissimo, celebrizou-se sobretudo como humorista. Entre suas obras destacam-se: O Popular (desenhos, 1973); A grande mulher nua (crônica, 1975); Amor brasileiro (crônica, 1977); O analista de Bagé (1981); e Outras do analista de Bagé (1982). É o criador dos quadrinhos As Cobras; colaboraa regularmente em diversos órgãos da imprensa brasileira.
Luiz Antonio de Assis Brasil - Nascido
Luiz Carlos de Moraes (1876-1969) - Natural de Taquari, RS. Diretor do Colégio Militar de Porto Alegre, fundador e presidente do GBOEx. Servir em muitos pontos do seu Estado permitiu-lhe uma estreita convivência com o povo e seus costumes, resultando disso o Vocabulário sul-riograndense e a disposição de promover a criação de diversos centros tradicionalistas gaúchos.
Luiz Coronel - Nascido em Bagé em 1938. Bacharel em Direito, Sociologia e Política, reside
Lya Luft - Nasceu
Mario Miranda Quintana - Natural de Alegrete, RS. É o poeta das coisas simples. Despreocupado em relação à crítica, faz poesia porque "sente necessidade", segundo suas próprias palavras. Em 1928 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo,
Moacyr Scliar - Natural de Porto Alegre, nasceu em 1937. Médico especialista em saúde pública, é autor de mais de quarenta livros, dentre ensaios, crônicas, contos e romances. como cronista, assina uma coluna semanal no jornal Zero Hora. Contista, integra diversas antologias. Alguns de seus livros foram traduzidos e publicados em muitos países, como Estados Unidos, França, Alemanha, Israel, Espanha e Holanda. Sua obra obteve prêmios importantes, como o Prêmio Academia Brasileira de Letras, 1968; Prêmio Erico Verissimo de romance, 1976; Prêmio Guimarães Rosa, 1977; Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, 1980; Prêmio Jabuti, 1988 e 1993; Prêmio Casa de las Américas, 1989; Prêmio Pen Club do Brasil, 1990 e Prêmio Açorianos, de Porto Alegre, em 1996. sua ficção insere a temática do imigrante judeu e urbano no imaginário da literatura sul-riograndense. Destacam-se, dentre suas obras, os romances: A guerra no Bom Fim, O exército de um homem só, Mês de cães danados, Os voluntários, O centauro no jardim e A estranha nação de Rafael Mendes. Entre seus livros de contos, figuram: O carnaval dos animais, O olho enigmático e A orelha de Van Gogh, além de livros de crônicas, com destaque para A massagista japonesa e Dicionário do viajante insólito. Escreveu também textos destinados ao público juvenil.
José Romaguera da Cunha Correia - (Santana do Livramento, RS 1865 - Uruguaiana, RS 1910). Formado em Medicina (Rio, 1888), logo retornou ao seu Estado natal, dedicando-se à clínica médica e à política. Seu Vocabulário sul-riograndense (1898), segundo do gênero que se publicou, fixa, continuando a obra iniciada por Antônio Pereira Coruja, o ciclo de estudos lingüísticos do Rio Grande do Sul, ampliando a pesquisa no sentido histórico da evolução vocabular e fornecendo novos dados para o conhecimento da vida gauchesca.
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