Ivan e Luian
Turma 32
Nomes: Luian Fernandes, Ivam Wendt.
Turma: 32
Professora: Marilda
“Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra
mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer’.”
(O escritor diante do espelho)
Natural de Cruz Alta, RS. Escritor de estilo simples, excelente contador de histórias, uma das grandes expressões da moderna ficção brasileira. Filho de família tradicional, mas arruinada economicamente, exerceu várias atividades profissionais: foi ajudante de comércio, bancário, balconista de farmácia e desenhista na imprensa gaúcha. Viveu nos Estados Unidos, onde foi professor de Literatura Brasileira. Sua temática é tipicamente brasileira e, mais que isso, regional, gaúcha. Na sua maneira cinematográfica de apresentar as histórias, Erico Veríssimo ampliou o romance, focalizando o homem contemporâneo divorciado da religião, na busca de uma solução nem sempre otimista.
Dúvida: Qual a importância de Érico Veríssimo para a Literatura do Rio Grande do Sul e do Brasil? Até onde sabemos Érico foi um grande escritor do nosso Estado e acho q sua importância está na qualidade de escrita dos seus livros e em sua criatividade literária que desperta a atenção do leitor deixando-o fascinado pela história dos seus livros.
Mas vamos pesquisar para comprovar o motivo da importância de Érico.
Dentre os grandes autores de nossa literatura, Érico Veríssimo (1905-1975) certamente é um dos nomes mais significativos. Dono de um estilo simples, mas cheio de expressividade, foi um exímio contador de histórias e conquistou o grande público com obras que têm como foco a temática regional e as inquietações do homem contemporâneo.
A bibliografia de Érico Veríssimo pode ser dividida em três fases: da primeira, fazem parte os romances urbanos: Clarissa, Música ao longe, Um lugar ao sol e Olhai os lírios do campo, entre outros, cujo mote são os conflitos do homem no cenário frio e caótico do mundo no pós-guerra. Na segunda fase, estão os romances históricos O continente, O retrato e O arquipélago, que formam a trilogia O tempo e o vento, uma recriação da genealogia e da história do Rio Grande do Sul, considerada a obra-prima do escritor. O Senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares são os chamados romances políticos, da terceira fase, que fazem a denúncia do fanatismo ideológico e defendem os direitos humanos. Veríssimo escreveu também livros infantis, roteiros de viagem, um ensaio, biografias e uma autobiografia, Solo de Clarineta.
Talvez por ter sido um autor tão popular, com um público fiel que colocou seus livros várias vezes nas listas dos mais vendidos, Érico Veríssimo foi durante muito tempo negligenciado pelos críticos e intelectuais.
Ao falar da gente de sua terra e de seu país de forma simples e poética, Érico Veríssimo foi capaz de cativar tanto o leitor mais modesto, quanto o mais culto, sempre se preocupando em dar um caráter universal às histórias. E é esta característica que torna a obra deste grande autor sempre contemporânea e atual.
A importância também de Érico é nas contribuições que sua obra dava ao público mais jovem e os aproximavam da literatura como em o tempo e o vento, especialmente, pode aproximar o jovem da História e toda a obra de Érico, como crítica à violência, pode ser inspiradora de solidariedade, tolerância e democracia. Incidente em Antares também faz uma leitura crítica da nossa História, especialmente de um período sobre os quais os jovens ouviram falar mas podem não ter idéia mais concreta do que foi: o período da ditadura militar com toda a sua carga de brutalidade, arbítrio e banalização do mal.
É considerada como a sua obra-prima a trilogia histórica O Tempo e o Vento (1949-1961), da qual saíram alguns personagens primordiais e bastante populares entre seus leitores, como Ana Terra e o Capitão Rodrigo.
Porque a obra de Veríssimo foi, e ainda é, negligenciada pelos intelectuais? A obra de Veríssimo tem fortalezas e fraquezas, como ele mesmo reconhecia, quando dizia, por exemplo, que nos romances anteriores a O tempo e o vento, acertava apenas os dedos da mão para escrever essa obra mais ambiciosa. Antonio Candido, na entrevista que concede aos organizadores do livro que a Nova Alexandria publicou, explica um pouco das fortalezas, das fraquezas e das razões e preconceitos da crítica, principalmente daquela que o descarta como bom autor porque tem uma visão centralista da literatura brasileira e do Brasil, ou daquela que o condena por ter vendido muitos livros. Recomendo, portanto, a leitura da entrevista, porque concordo com os critérios em que Antonio Candido apóia seu juízo crítico sobre a obra do grande escritor gaúcho e brasileiro que, para ser grande, não precisa ser perfeito.
Clarissa Caminhos Cruzados Música ao Longe
Um Lugar ao Sol O Resto É Silêncio Olhai os Lírios do Campo
Saga O Tempo e o Vento: O Continente, O Retrato, O Arquipélago
O Senhor Embaixador O Prisioneiro Incidente em Antares
PERSONAGENS de Erico Veríssimo: Amaro; Ana Terra; Bibiana; Capitão Rodrigo; Clarissa; Fernanda; Floriano Cambará; Jango; Maria Valéria; Noel; Pedro Missioneiro; Rodrigo Cambará; Tônio Santiago; Toríbio Cambará; Vasco Bruno.
Prêmios e títulos recebidos que provam a sua importância
- Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934, por Música ao longe
- Prêmio Fundação Graça Aranha por Caminhos cruzados
- Título Doutor Honoris Causa, em 1944, pelo Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil
- Prêmio Machado de Assis, em 1954, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra
- Título de Cidadão de Porto Alegre, em 1964, conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade
- Prêmio Jabuti – Categoria Romance, da Câmara Brasileira de Livros, em 1965, pelo livro O senhor embaixador
- Prêmio Intelectual do Ano (Troféu Juca Pato), em 1968, concedido pela Folha de São Paulo e pela União Brasileira de Escritores.