quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

P.A. - Autores gaúchos do Século XXI




Dúvida Temporária

Quem são os autores gaúchos do Século XXI?

Certeza Provisória

Existem vários autores gaúchos neste século. A seguir vamos destacar alguns autores que foram patronos da Feira do Livro de Porto Alegre nestes últimos anos:

Maurício Rosenblatt (1906-1988) Patrono de 1984

Em 1941, já residindo desde 1925 em Porto Alegre vindo de Santa Maria, assumiu a secretaria do Departamento Editorial da Livraria do Globo. De 1942 a 1953 foi diretor da sucursal da Editora Globo no Rio. Quando voltou a Porto Alegre, se transferiu para a José Olympio Editora, onde se aposentou em abril de 1976. Foi o primeiro patrono homenageado em vida pela Feira do Livro. Pertenceu ao grupo dos fundadores e é considerado o maior incentivador da feira. Também foi quem mais presidiu a Câmara Riograndense do Livro – de 1966 a 67 e depois em quatro biênios seguidos, de 1970 a 77.

Mario Quintana (1906-1994) Patrono de 1985

É o maior poeta gaúcho e um dos mais importantes do país, nascido em Alegrete – RS em 30 de julho de 1906. Em 1929, começou a trabalhar na redação do jornal O Estado do Rio Grande, no ano seguinte passou a colaborar na Revista do Globo e em 1934 iniciou seu trabalho como tradutor na Editora Globo. Em 1940, publicou seu primeiro livro de sonetos,

A Rua dos Cataventos. Em 1943, começou a publicar Do Caderno H na revista Província de São Pedro, coluna que de 1953 a 1984 foi publicada no Correio do Povo. Ao que seguiram Canções (1946), Sapato Florido (1948), O aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Caderno H (1973), Pé de Pilão (1975), Quintanares (1976), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A Vaca e o Hipogrifo (1977), Prosa e Verso (1978), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), e A Cor do Invisível (1989), além de varias antologias.

Cyro Martins (1908-1995) Patrono de 1986

Escritor e psiquiatra,foi um dos pioneiros da psicanálise no Brasil. Seu primeiro livro foi

Campo Fora (1934), uma coletânea de contos. Em 1951, foi morar em Buenos Aires com o objetivo de realizar a formação em psicanálise. Sua mais importante contribuição à literatura foi a Trilogia do Gaúcho a Pé, composta por Sem Rumo (1937), Porteira Fechada (1944) e Estrada Nova (1954).Também escreveu Paz nos Campos com texto rebuscado.

Moacyr Scliar (1937) Patrono de 1987

Eleito em 31 de julho de 2003 para a Cadeira número 31 da ABL. O médico e escritor sucedeu Geraldo França de Lima. É autor de 67 livros em vários gêneros: ficção, ensaio, crônica, literatura juvenil. Sua obra é centrada, principalmente, na comunidade judaica gaúcha. Teve seu primeiro conto publicado no Correio do Povo em 1952. Em 1962, ano de sua formatura em Medicina, lançou-se como escritor com

Histórias de um Médico em Formação. Em 1972, começou a colaborar em jornais como Correio do Povo, Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo. Em 1974, iniciou a coluna que mantém até hoje em Zero Hora. Entre suas obras, estão O Exército de um Homem Só (1973), O Centauro no Jardim (1980), e A Majestade do Xingu (1997). E A Guerra do Bom Fim livro que analisa, a partir do bairro do Bom Fim, em Porto Alegre, as relações familiares e os costumes judeus, a viagem a Israel como terra prometida e uma visão dolorosa da guerra no Oriente Médio.

Alberto André (1915-2000) Patrono de 1988

Jornalista, presidiu a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) de 1956 a 1990. Em 1952, foi eleito vereador de Porto Alegre, reeleito outras vezes até 1963. Formado em Direito e Ciências Contábeis, foi professor dos cursos de Direito, História, Geografia e Comunicação. Entre suas obras, estão

Ética e Códigos da Comunicação (1970, 1979 e 1994) e 50 Anos de Imprensa (1992).

Maria Dinorah (1925) Patronesse de 1989

Professora e escritora, é um dos nomes mais importantes da literatura infanto-juvenil do Estado. Tem formação em Letras e sua tese de mestrado foi sobre a obra infanto-juvenil de Érico Veríssimo. As obras principais são

Coragem de Crescer, Semente Mágica, Roda de Chimarrão e Festa no Parcão.

Guilhermino César (1908-1993) Patrono de 1990

Formado em Direito, foi poeta, historiador, jornalista, professor e ocupou diversos cargos públicos. Em 1919 fundou o tablóide Leite Criôlo, já nos moldes do modernismo. Publicou o primeiro livro de poesias,

Meia Pataca (1928), em parceria com Francisco Inácio Peixoto. Em 1930, assumiu o cargo de auxiliar do diretor da Imprensa Oficial de Minas Gerais. Em 1943 veio para o Estado para assumir o cargo de chefe de gabinete do interventor Ernesto Dornelles e se estabeleceu definitivamente em Porto Alegre. Em 1945, assumiu o cargo de ministro do Tribunal de Contas do Estado. Entre as principais obras estão: Sul (1939), Qorpo Santo – As Relações Naturais e Outras Comédias, e História do Rio Grande do Sul (1970).

Luis Fernando Veríssimo (1936) Patrono de 1991

Um dos mais importantes cronistas do país. Durante a infância e adolescência viajou aos Estados Unidos duas vezes (1943/45 e 1954/55), acompanhando o pai, Érico Veríssimo. Nos EUA, iniciou estudos de música e se tornou saxofonista. Ao voltar ao Brasil, em 1956, começou a trabalhar no setor de arte e planejamento da Editora Globo. Em 1962, foi morar no Rio, onde trabalhou como tradutor e redator de publicidade. Em 1969, publicou suas primeiras crônicas em Zero Hora, onde havia começado como copidesque dois anos antes, já de volta a Porto Alegre. Em 1973, publicou seu primeiro livro de crônicas,

O Popular. Continua a publicar tiras e crônicas na imprensa e participa da banda Jazz 6 como saxofonista. Entre seus livros estão Ed Mort e Outras Histórias (1979), O O Analista de Bagé (1981), A Velhinha de Taubaté (1983) e Comédias da Vida Privada (1994).

Paulo Fontoura Gastal (1922-1996) Patrono de 1992

Um dos pioneiros da crítica cinematográfica do Estado, começou a escrever sobre cinema no jornal pelotense Diário Popular, em 1941. No final dos anos 40, transferiu-se para Porto Alegre. Trabalhou de 1949 a 1979 no Correio do Povo. Foi um dos fundadores do Clube de Cinema de Porto Alegre e um dos criadores do Festival de Gramado, no início dos anos 70. Parte da obra crítica de Gastal está reunida no livro

Os Cadernos de Cinema de P.F. Gastal (1997).

Carlos Reverbel (1912-1997) Patrono de 1993

Jornalista, escritor e biógrafo de Simões Lopes Neto, escreveu o livro

Capitão da Guarda Nacional (1981) sobre o autor. Trabalhou na Editora Globo, na Revista do Globo e foi um dos criadores da revista Província de São Pedro. Foi pesquisador da história e da literatura do Rio Grande do Sul e colaborador dos jornais Correio do Povo e Zero Hora. Lançou os livros de crônicas Barco de Papel (1978) e Saudações Aftosas (1980), e o livro de memórias Arca de Blau (1993).

Caio Fernando Abreu (1948-1996) Patrono de 1995

O escritor e jornalista foi influenciado pela contracultura e pelo movimento hippie. Em 1970 teve seu primeiro livro publicado,

Inventário do Irremediável. Trabalhou como jornalista nas revistas Manchete, Isto É e Pop e nos jornais Zero Hora e O Estado de S.Paulo. Escreveu peças de teatro como Pode Ser que Seja só o Leiteiro lá Fora, e o roteiro do longa-metragem Romance (1987), de Sérgio Bianchi. Entre suas principais obras estão O Ovo Apunhalado (1975), Morangos Mofados (1982) e Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988).

Lya Luft (1938) Patronesse de 1996

É formada em Pedagogia e Letras com especialização em línguas anglo-germânicas. Em 1963 iniciou a publicação de uma crônica semanal no Correio do Povo e o trabalho de tradutora na Editora Globo. Em 1964 teve sua primeira obra publicada,

Canções de Limiar. É tradutora de Virginia Woolf e Rainier Marie Rilke, entre outros. Em 1980, publicou seu primeiro romance, As Parceiras, sobre conflitos de uma família de descendência germânica. O mesmo tema se repetiria nos romances A Asa Esquerda do Anjo (1981) e Reunião de Família (1982). Entre suas obras estão Exílio (1987) e o livro de poemas Mulher no Palco (1985), e A Sentinela.

Luiz Antonio de Assis Brasil (1945) Patrono de 1997

Escritor e professor. Em 1962, começou estudos de violoncelo e, em 1965, ingressou na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, onde ficou até 1971. Em 1972, passou a exercer a advocacia. Em 1975, ingressou como professor na Faculdade de Direito da PUCRS e passou a colaborar com o jornal Correio do Povo. Em 1976, publicou

Um Quarto de Légua em Quadro, seu primeiro livro. Foi colunista do jornal Diário do Sul. Hoje, ministra oficinas de criação literária. Entre suas obras estão Bacia das Almas (1981), Cães da Província (1987), Videiras de Cristal (1991) e a trilogia Um Castelo no Pampa, e Perversas Famílias.

Patrícia Bins (1930) Patronesse de 1998

Aos 14 anos, já em Porto Alegre, Patrícia recebeu seu primeiro prêmio, conferido a um conto escrito no Colégio Americano. Deu aulas de inglês desde os 14 anos, primeiro no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano e depois no Yágizi. Estudou no Instituto de Belas Artes e tornou-se pintora profícua. Além de publicações individuais, participou também de inumeráveis antologias, incluindo algumas no Exterior. Entre suas obras estão

Trilogia da Solidão, Trilogia da Paixão e Trilogia de Eros.

Décio Freitas (1922-2004) Patrono de 1999

Natural de Encantado, o jovem Décio Bergamaschi Freitas se mudou para Porto Alegre para estudar no Colégio Rosário. Mais conhecido como historiador, Décio era formado pela Faculdade de Direito da UFRGS, onde iniciou militância política no PCB e o trabalho na imprensa. Entre 1964 e 1972, ficou exilado no Uruguai, depois do golpe militar que depôs o governo João Goulart.

Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002) Patrono de 2000

Foi publicitário, historiador, dramaturgo, advogado e um dos maiores propagadores da cultura gaúcha. Formado em direito pela UFRGS, ajudou a fundar, em 1948, o 35, primeiro CTG. O escritor foi sepultado em Piratini, sua cidade natal.

Armindo Trevisan (1933) Patrono de 2001

Professor, poeta e crítico de arte. O autor – gaúcho de Santa Maria radicado na CapitaL – tinha 11 anos quando começou a estudar no Seminário dos Padres Palotinos, no Vale Vêneto. Passou a conhecer Camões de cor e salteado. Também escreve versos desde menino. Foi ordenado sacerdote aos 22 anos e iniciou o doutorado em Estética na Universidade de Fribourg (Suíça) pouco depois. Aposentou-se em 1986 como professor do Instituto de Artes da UFRGS, mas deu aulas na escola até 2000, em contratos temporários.

Ruy Carlos Ostermann (1934) Patrono de 2002

O Professor nasceu em 1934 em São Leopoldo. Autor de livros sobre temas ligados ao esporte, já foi técnico e jogador de basquete, professor de filosofia, político e secretário estadual de Ciência e Tecnologia e da Educação. Hoje, trabalha na Rádio Gaúcha e assina uma coluna diária em Zero Hora.

Walter Galvani (1934) Patrono de 2003

O escritor e jornalista nascido em Canoas já publicou 10 livros. Em 1998, viajou a Portugal para pesquisar sobre o descobrimento do Brasil, trabalho que rendeu o livro

Nau Capitânia.

Donaldo Schüler (1932) Patrono de 2004

Nasceu em 1932 no município catarinense de Videira. É bacharel e licenciado em Letras pela UFRGS, doutor em Letras e Livre-Docente pela PUCRS, doutor em Letras e Livre-Docente pela UFRGS, professor Titular da UFRGS e pós-Doutorado na USP. É ensaista, tradutor, ficcionista e poeta. Recebeu o prêmio de melhor tradução em 2003, da Associação Paulista de Críticos de Arte, por Finnegans Wake, de James Joyce.

Rovílio Costa (1934) Patrono de 2005

Editor, escritor e professor, o frei Rovílio Costa tem feito o registro e o resgate da história da imigração italiana no Estado. Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em Educação e Livre Docente em Antropologia Cultural, ele é autor de mais de 20 obras sobre psicologia e sobre a história oral de povoados do Rio Grande do Sul.

Fernando

Jason

T - 32

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: Como dizia o poeta Mário Quintana: Tão bom morrer de amor e continuar vivendo



P.A. - Porque choramos?


Porque Choramos?

As causas ‘’emocionais’’ para o choro são várias: para aliviar tensões e desabafar, porque somos empáticos, por compaixão, quando sentimos dor, para chamar a atenção e até mesmo por felicidade. Mas o certo é que não se conhecem exatamente as causas pelas quais o chorar desempenha esta função. Suspeita-se que se trate de um modelo aprendido, isto é, quando as circunstâncias que envolvem este modelo se repetem, o cérebro enviaria a ordem para chorar e o mecanismo se ativaria.

De fato, o homem parece ser o único animal que chora quando se emociona. Isto tem se dado margem para que alguns cientistas classifiquem as lágrimas em ‘’causadas por irritação’’ e ‘’emocionais’’, ainda que sua produção e composição sigam o mesmo mecanismo fisiológico, e elas sejam distintas apenas por suas causas. Cabe dizer também que algumas emoções, como o riso muito forte, podem fazer com que fechemos os olhos pressionando-os, o que provoca a liberação de lágrimas. Esta, portanto, não seria uma ordem direta do cérebro.

O que se sabe com segurança é que as lágrimas cumprem a importante função fisiológica de proteger os olhos. Nossas lágrimas atuam como lubrificantes, evitando que o globo ocular se resseque, como anti-séptico – já que o sal que contém é um ótimo desinfetante – e também ajudam a retirar qualquer tipo de impureza que possa vir a se instalar em nossos olhos. Este funcional sistema lacrimal é composto pelas glândulas lacrimais e condutores excretores lacrimais.

Porque Choramos ao Descascar Cebolas?

A resposta é química. As cebolas contém um composto chamado trans-(+)-S-(1-propenil)-L-cisteina sulfóxido, uma molécula que é inodora. Quando cortamos o condimento, produzimos rupturas celulares que permitem a uma enzima chamada alinasa entrar em contato com a molécula anterior. Esta interação produz piruvato, amoníaco e syn-propanotial-S-óxido. É esta última que, em contato com os olhos e a água, produz a irritação ocular. Os olhos se protegem então estimulando as glândulas lacrimais e derramando lágrimas que lavam o olho, como se fosse um colírio natural.

Assim, para evitar o famoso choro da cebola basta lava-la bem. Dissolvendo o propanotial antes que ele chegue aos olhos.

Curiosidade: Um ser humano chora cerca de 250 mil vezes ao longo da vida.

Arícia e Verônica Turma-22

Animação do conto "Entre Santos" de Machado de Assis